domingo, 18 de maio de 2008

Xô Dengue. Vá de retro Satanás

Zummmmmmmmmm, zum, ziummmmm. É só escutar zunido de mosquito, muriçoca, marapuam... e o escambal de asas voando perto de meus pimpolhos que saio que nem uma louca assassina pra dar cabo do famigerado inseto. Onça braba perseguindo caça pra defender a ninhada. Nalzinho, com a inocência que é peculiar às crianças, acha até graça. Diz, cheio de dentes, "mãe tá matando muiçoca", e dá gargalhada. Estou realmente neurótica com a Dengue. É uma loucura, a pele das crianças não tem descanso pra repelente. Um beijinho no cangote já está perdendo o cheirinho doce de bebê pro cheiro enjoado de inseticida. Como não dá pra resistir a um beijinho, sempre acabamos com a boca amarga. Coitadinhos. Onde fomos parar? Sinto-me vivendo na África, num País de 5º mundo, sem governante e sem profilaxia alguma pra poupar ninguém. Putzgrila! Minha mãe esses dias me apareceu com uma vela de andiroba, que mesmo apagada já desprendia um bafo do cão pra espantar a peste da Dengue. Já tem gente vendendo uma planta na rua com um nome feio da desgraça, a Citronela, pra espantar o satanás da Dengue. Faça um chá de citronela e passe nos móveis, no piso, no sovaco. Só faltam nos mandar beber repelente. Não duvide daqui uns dias aparece rosa inseticida, espada do He-man, raquete do Guga para matar o mosquito. Dizem, vitamina B também é repelente natural. Que nada, o negócio é mandar o mosquito pro inferno junto com a gentalha do Lula. Engraçado que no Distrito Federal a praga não chega. Os dados do noticiário assustam, e sei que nem chegam perto da realidade. Sergipe já é o segundo Estado em epidemia feia. Vamos embora daqui, vamos pra onde? Não, vamos esperar a chuva passar, o tempo levar embora essa praga, "Denguevaldo" e o presidengue Lula pulverizar o mosquito. Enquanto isso, tento proteger minhas crias como posso e peço proteção todos os dias para Deus e os Orixás

sábado, 17 de maio de 2008

O estica e puxa de Cacá



O bebê tem que ter garra pra mamar e Catarina teve de sobra. Foi uma luta, mas vencemos. Falar em dor é desnecessário, mãe foi feita anatomicamente pra suportar tudo, antes e depois do parto. Virgem minha Santa Maria me ajude, suplicava dia e noite. Nas primeiras mamadas ia na lua e voltava, chorava calada, bico rachado, peito explodindo, glândulas pulsando feito coração e a pequena chupava insaciavelmente. Vamos, passa tempo, tempo passa pra dor passar. E até que enfim depois do primeiro mês voltei a viver. Ufa! Comemoramos com leitinho quente da mamãe. Ganhou peso, esperteza, bochechas rosadas e muito amor. Trocar o peito da mami por uma lata de leite NAN? Nunca. Era o mesmo que pedí-la pra trocar um vinho nobre pela água suja da Deso. Catarina sabia o que queria, brigava com a mamadeira e fazia escândalos homéricos. Se vira mamãe, esqueça vida social. Até o sétimo mês só saía com hora marcada. Cacá chorava e eu ia embora correndo pra casa. Era só o peito chegar que tudo voltava ao normal. Concordo em número e gênero com Catarina. Não existe nada igual ao calor do peito e o carinho da mamãe. è um momento só nosso, sagrado. É quando relaxo, não penso em nada, trocamos confidências por gestos. Nos conhecemos ainda mais assim. Sei exatamente quando ela está com fome mesmo estando longe. É nosso elo de ligação. A danada 0lha dengosa, acariacia meu rosto com as mãozinhas, puxa o pezinho, faz biquinho e cena. Essa parte da história já está sendo gravada na alma. Quem resiste a um anjo? Catarina é só mimo. Mas o estica e puxa nos peitos não é mole não. Quando penso em desmamá-la fico tensa. Imagine a noite inteira agarradinha na mamãe? Ela tem um peito mamadeira e outro chupeta. Falo Catarina não é a dança da Xuxa. Respeita o peitos da mamãe. E ela olha sorrindo. Essa é a melhor receita de amor....